29.1.08

En plein air

Un peu plus loin que le Sítio da Pedra Solta, y a un centre de culture. Une maison musée, la maison est intéressante, mais l'artisanat exposé pas du tout.
Et à côté, une grande place circulaire et un grand amphithéâtre en béton, un truc incroyable. Avec des loges et tout. On s'est demandé si la population de Bezerros suffirait à le remplir !
Seu João nous avait dit que c'est un ancien maire qui l'a construit et organisé une grosse fête et concert. Mais ensuite il es mort et son remplaçant n'a plus jamais utilisé l'endroit.
On a du mal à voir sur la photo mais derrière la scène il y la vue de la vallée, c'est très beau. Et en plus, si jamais le spectacle est ennuyant...



Impressionante esse teatro! Um pouco mais pra frente do sítio, tem esse centro de cultura, uma casa-museu (bem ruinzinho), uma praça circular e esse anfiteatro enoooorme, não sei se a população de Bezerros podia encher a platéia. Tem até camarins, tudo em concreto, e ao fundo, a vista do vale. Na foto não dá pra ver, mas é bem bonito, e além do mais, se o espetáculo for ruim...


Serra Negra


Depois de zumbizar (taí uma que eu não ia saber escrever em francês, hehe) dentro do apartamento, sem coragem de sair no calor, tomando muito banho frio, conseguimos enfim alugar um carro pra dar uma voltinha de 5 dias, porque depois D. Conceição já vinha chegando pra nos ver.
Tentamos comprar um guia, mas parece que não existe guia de Pernambuco. Nos guias sobre o Brasil, tem 10 páginas sobre o estado, 3 sobre Recife, 5 sobre Fernando de Noronha e 1 sobre Porto de Galinhas. Acabamos comprando uma revista e botamos as rodas na estrada, com uns conselhos do Evandro (ô coisa boa rever esse cabra!!!), outros do Teté e Karine que encontramos por acaso...

O primeiro lugar onde paramos foi Bezerros. Demos uma voltinha pela cidade e subimos pra Serra Negra. Dormimos no Sítio da Pedra Solta, do Seu João Bosco e Dona da Paz. Achamos o quarto meio caro e preferimos acampar. Foi o único lugar onde achamos uma maneira de acampar. Parece que esse negócio de camping não funciona aqui. Conversamos com o dono de uma pousada que é gaúcho e ele confirmou, as pessoas não têm esse hábito.

S. João mostrou o sítio todo, a famosa pedra solta, a horta de alface e coentro, a capelinha natural... D. da Paz recitou poemas próprios enquanto a gente comia as melhores bananas da nossa vida. Filmei um sobre a mulher, assim que der ponho ele aqui.

O David viu jaca pela primeira vez e até comprou um pouquinho outro dia no centro de Recife. Parece que gostou... :o)
C'est à Bezerros qu'on a fait notre première arrêt, après avoir enfin réussi à louer une voiture et se mettre à connaître un peu plus loin du littoral. Bezerros est une petite ville, on a fait un tour et ensuite direct à Serra Negra ("chaîne de montagnes noire"). Ouf ! Ça nous a fait du bien, un peu de fraîcheur d'altitude. De quoi mettre un t-shirt sans se sentir fondre, quoi... :o)
C'est le seul endroit où on a fait du camping, il paraît que cette pratique n'a pas beaucoup d'adeptes par ici, même pas sur le littoral. Et voilà une autre raison qui fait le voyage en Europe beaucoup plus accessible.
La chambre chez Seu João Bosco e Dona Da Paz n'était rien de spécial et coûtait 100 reais (38 euros! pour une idée, une bière en bouteille de 600 ml dans un bar coûte 1,70 €. Dans ce pays il vaut mieux avoir soif que sommeil...).
João nous a montré toute la propriété, héritage de son père et qu'il ne vend pas !
Ici David voit une jaca pour la première fois. À la Réunion on l'appelle ti-jacques. Le fruit est beaucoup plus grand que ça, après, il pèse plusieurs kilos.



Bilíngüe billingue

Escrever blog em francês é um saco. Quero dizer, pra mim, né? Não que eu tenha muita dificuldade com a gramática ou o vocabulário, posso escrever um trabalho pra faculdade ou uma carta coletiva para o departamento sem grandes dúvidas. Escrever formal em francês é muuuuuuito mais fácil que em português. Até falar formalmente é mais fácil, porque eles já tem as formas prontas. Tem sempre que falar bonjour, s'il vous plaît e merci. E no fim, bonne journée ou coisa parecida. Quando vem brasileiro no restaurante onde eu trabalho fico sem saber como trabalhar, não sei ter essa relação em português, ou fica muito íntimo, ou muito esquisito. Essa coisa dos franceses desejarem "bom resto de dia (ou de noite)", "boa coragem", "boa continuação", etc, é muito útil pra terminar uma conversa com alguém com quem não se tem muita intimidade. O meu preferido é "bon courage", serve pra várias ocasiões.

Falar de um jeito carinhoso também aprendi, enquanto cuidei do Rafael, um menininho gracinha de 4 anos.

Mas me falta uma coisa que eu adoro. Em francês não pode inventar palavra, não pode mudar o jeito de falar, inverter a posição na frase, um monte de não pode. E eles não dizem que tá errado, dizem "isso não é francês". AAAArgh! Chinês não é, né? Enfim, diferenças também na maneira de ser educado, mas isso é assunto pra um outro capítulo...

Enfim, é difícil de ser "poético", de ter um jeito particular de falar ou de escrever, assim de maneira informal, pessoal. Ou pelo menos que seja acessível a um estrangeiro. Sei lá, tenho a impressão de que no Brasil é muito mais fácil. Jeitos às vezes "errados" de falar se transformam em expressões, em imagens, em informações de entrelinha.

Tentei escrever no blog em francês porque podia ser mais interessante falar de Pernambuco pra eles... mas aí fiquei tão sucinta... :oD

Tentei traduzir, mas como eu já sabia, ser bilíngüe não é dizer a mesma coisa em duas línguas. Então vai assim saindo como for. E se eu tiver paciência faço uma versão deste texto também... :o)

Gradinhas



On est en train de réfléchir à une grille pour une fenêtre à la maison, pour qu'on puisse sortir sans fermer les volets, mais qui soit jolie et possible de l'ouvrir.
On ne savait pas, mais ce voyage est un parfait champ de recherche. Presque toutes les maisons ont des grilles. Nous, c'est pour la lumière, ici c'est pour laisser passer l'air.
Les gens discutent souvent à travers les grilles, c'est drôle.
On a commencé un registre des différents dessins... pour l'instant voilà ces deux-là, je ne retrouve pas les autres...

Tamos querendo fazer uma grade pra uma janela da nossa casa, pra poder sair sem fechar as persianas, mas que seja bonita e passível de abertura, mesmo se o nosso vizinho serralheiro não gosta muito das nossas idéias mudernas.
A gente não sabia, mas essa viagem tá perfeita como campo de pesquisa. Quase todas as casas têm grades. A gente quer pela luz, eles, pra passar o ar.
É engraçado como as pessoas discutem com uma grade entre elas sem nem se importar.
Começamos a registrar os desenhos... por enquanto vão só essas duas, que não tô achando as outras.