27.8.06

Shhh...

Falei da segurança mas esqueci de falar de uma outra coisa que me marcou muito, desde a primeira vez que fui à Dinamarca: o silêncio.

É impressionante. No campo é do tipo que você nunca ou raramente ouviu antes. Não é como o silêncio do campo no Brasil, onde é muito mais selvagem e tem muito mais bichos, e tem sempre alguém cantando, uma criança chorando, uma porteira rangendo... Em alguns lugares eu parei pra ouvir o nada.
E nas cidades também é impressionante. Pra começar, foram ótimas férias da tirania da música, forte no Brasil e em Paris: impossível ir a um restaurante ou supermercado sem que esteja tocando música ou "música"... Tem até uns lugares onde as pessoas põem autofalantes no lado de fora das lojas, ui.
Pois na Dinamarca não tem música no supermercado, iupi! E na única vez em que fomos a um restaurante além de apreciar a comida ouvimos os nossos amigos falarem, o barulhinho dos copos, uma delícia.
Não tenho nada contra comer com música, acho ótimo, o problema é que virou uma obrigação.
Outra coisa que você não ouve lá é buzina. Só buzinam se for muito grave. Mesmo em Copenhague.

As outras coisas que me marcaram lá são:

A beleza das cores. Não sei o que a luz tem de diferente mas as cores são muuuito bonitas, supervivas.

E a simpatia das pessoas no comércio. Uma simpatia genuína, não é de educação, não...

2 comments:

Anonymous said...

Ouh!...
continuo adorando esse texto seu.
Talvez, até, por identidade:
neste aqui , por exemplo, fico pensando se não fui eu quem escreveu...
Eu também, por adorar música,
não tolero o consumo massivo de
música ou "música" o tempo todo...
e tenho de fazer força para gostar
de gente com a CABEÇA GORDA...
por conta da mental-obesidade musical... eeh!...

Anonymous said...

é
a música é mesmo uma tirania.
eu por exemplo não consigo ler com música. só jornal, e olhe lá. agora estou namorando um moço em cuja casa se ouve muita música, e alta. é difícil, tem horas que me cansa música demais... preciso de silêncio!
sempre achei meu pai muito cheio de frescura, mas vejo que estou ficando igual...
um beijo, não abandone o blog! escreva mais!